O exame de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) tem se tornado uma ferramenta essencial na medicina veterinária, especialmente no diagnóstico de doenças em cães. Este teste é altamente sensível e específico, permitindo a detecção de material genético de patógenos, como vírus, bactérias e fungos, mesmo em amostras muito pequenas. A relevância deste exame se intensifica diante do aumento de doenças infecciosas que acometem os cães, sendo algumas potencialmente fatais se não tratadas a tempo. Com a capacidade de identificar infecções em estágios iniciais, a PCR pode ser fundamental para a tomada de decisões rápidas e eficazes no tratamento, evitando complicações e proporcionando melhores prognósticos. Além disso, o exame de PCR é valioso em situações de surtos de doenças, como a cinomose e a parvovirose, já que facilita a identificação de agentes patogênicos em comunidades de animais. Essa capacidade de diagnóstico precoce e preciso não só melhora o bem-estar dos pets, mas também protege a saúde pública ao prevenir a disseminação de patógenos.
O que é o exame de PCR?
A PCR é uma tecnologia molecular que amplifica rapidamente segmentos de DNA ou RNA, possibilitando a identificação de microorganismos presentes no organismo do animal. Este exame é realizado a partir de amostras biológicas, como sangue, secreções ou tecidos, e é capaz de detectar infecções que podem não ser evidentes em exames clínicos tradicionais. Sua alta sensibilidade permite que o teste identifique patógenos mesmo em quantidades mínimas, o que é crucial em casos em que a infecção está apenas começando.
O procedimento detransfusão deve sempre ser precedido do teste decompatibilidade sanguínea, pois reaçõeshemolíticas por incompatibilidade podem ser fataisna espécie. O exame de escolha para as micoplasmashemotrópicas é o de PCR, se possível em temporeal, devido à sua maior sensibilidade. Os examesde PCR também são os únicos capazes dediferenciar as espécies envolvidas. A identificaçãodo parasita através do esfregaço sanguíneo tambémé válida, mas deve-se ter cuidado para diferenciar oachado de corpúsculos de Howel Jolly ou ainda deprecipitados de corantes. Deve-se levar emconsideração que a parasitemia é cíclica e que oanimal geralmente se apresenta anêmico, compoucas hemácias circulantes, ou seja, um resultadonegativo não excluirá o diagnóstico. As espécies M.haemominutum e M.turisencis ocasionam umaanemia arregenerativa leve ea maioria dos animais éassintomática.
Manifestações neurológicasdevido a hemorragias focais e sequestro dehemácias parasitadas em leitos vasculares podemocasionar incoordenação, paresia de posteriores,convulsões e vocalização. Insuficiência renalaguda com sinais de anúria ou oligúria e uremiapodem ocorrer, mas é incomum. Injúriassecundárias à hipóxia ou inflamação podemresultar em hepatopatia, com elevação de enzimashepáticas (ALT e FA). O exame PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) é uma técnica molecular fundamental na medicina veterinária, permitindo o diagnóstico preciso de uma variedade de doenças em animais. Sua aplicação abrange desde a detecção de agentes infecciosos até a análise genética e a identificação de espécies.
Indicações do exame de PCR
O exame de PCR em cães é indicado em diversas situações. Entre as principais indicações, podemos destacar:
As manifestaçõesclínicas são mais graves e caracterizadas porperda de peso, letargia, anorexia, tendência asangramentos, mucosas pálidas, febre,linfoadenopatia, esplenomegalia, distriçãorespiratória, uveíte, hemorragia retiniana, poliúria epolidipsia. Diversos métodos sorológicos foram sugeridospara o diagnóstico da febre maculosa comomicroimunofluorescência indireta, E.L.I.S.A. eaglutinação em látex. Estes testes tem a vantagemde ter uma alta sensibilidade, porém a titulação deIgG pode demorar até 3 semanas para serdetectável na dependência do teste escolhido.Resultados falso negativos são comuns na faseaguda da doença. O exame de PCR é o deeleição para o diagnóstico, entretanto asensibilidade clínica é baixa (cerca de 60%)porque os microorganismos circulam no sangueperiférico em baixas quantidades e de formaintermitente na fase aguda. Apesar do período de incubação da doençavariar de 2 a 14 dias, febre (que geralmente é aprimeira manifestação clínica) pode ocorrer entre 2a 3 dias após a exposição ao carrapatocontaminado. Letargia, anorexia, vômito, diarreia,linfoadenomegalia, esplenomenomegalia tambémsão achados comuns. Lesões cutâneas podemacontecer na fase aguda e se caracterizamprincipalmente por hiperemia e edema deextremidades como lábios, narina e orelhas.Relutância em caminhar também pode ocorrerprincipalmente em cães com poliartrite e miositesecundárias ao processo inflamatório.
- Diagnóstico de doenças infecciosas: A PCR é amplamente utilizada para detectar vírus como o da cinomose e parvovirose, bactérias como a Leptospira e fungos como a Histoplasma.
No caso dos malignos, a recomendação é a intervenção cirúrgica o mais rápido possível. A distinção dos casos é feita através de exames específicos, que também ajudarão a definir os próximos passos do tratamento. A transmissão dashemoplasmas não está bem elucidada e, emborasempre tenha-se associado o processo a vetorescomo as pulgas da espécie Ctenocephalidesfelis, estudos recentes falharam em provar esta viade transmissão. Existe a hipótese de que ainteração agressiva (brigas) entre gatos sadios econtaminados seja o provável método detransmissão.
- Identificação de portadores assintomáticos: Cães podem ser portadores de agentes infecciosos sem apresentar sintomas evidentes; o exame de PCR pode ajudar na identificação desses animais.
Também é importantediferenciar o parasita de inclusões plaquetáriascomo núcleos remanescentes de megacariócitosou granulações.Embora o exame sorológico importado deE.L.I.S.A esteja disponível no Brasil e detecteanticorpos para a espécie A. Platys, a reação cruzada entre asespécies valida seu uso como meio diagnóstico.No Brasil não há relatos da A. Phagocytophilumpossivelmente porque sua transmissão ocorra pelocarrapato Ixodes ricinuspersulcatus que não éprevalente no país. Um Exame Sorologia para Ehrlichia Veterinária et al. (2014) com o teste multivalenteE.L.I.S.A (4DX Iddex) mostrou que a sensibilidade ea especificidade foram de 89,2% e 99,2%respectivamente para anaplasmose, validandoesse teste para uso na rotina clínica. O RIFItambém pode ser utilizado e apresenta umasensibilidade maior, detectando titulações maisbaixas e em situações de ausência de parasitemia.Apresenta entretanto reação cruzada com a A.phagocytophilum, devendo a amostra sersubmetida ao exame de DNA para identificação daespécie. A deposição deimunocomplexos nos rins pode levar aodesenvolvimento de glomerulonefrite econsequentemente aumento da pressão arterialsistêmica. Portanto a mensuração da função renal(ureia e creatinina) e da relação proteína/creatininaurinária podem ser exames úteis durante oacompanhamento da doença, aumentando achance de sucesso terapêutico.
- Teste em surtos epidemiológicos: Em situações de surtos de doenças contagiosas, a PCR pode ser utilizada para rastrear os agentes causadores e medir a extensão da infecção na população canina.
- Acompanhamento de tratamentos: A PCR pode ser repetida durante e após o tratamento para avaliar a eficácia das intervenções e a eventual erradicação do patógeno.
Vantagens do exame de PCR
Uma das principais vantagens do exame de PCR é sua precisão. O teste é capaz de detectar durante a infecção ativa, mesmo quando a carga viral ou bacteriana é baixa. Além disso, a PCR é uma técnica rápida, com resultados geralmente disponíveis em poucos dias, permitindo que o veterinário inicie o tratamento adequado sem demora. Outro benefício é a sua versatilidade; a PCR pode ser adaptada para detectar diferentes tipos de patógenos, o que é uma grande vantagem em casos de diagnósticos diferenciais.
Limitações do exame de PCR
Apesar de suas amplas aplicações e benefícios, o exame de PCR também apresenta algumas limitações. A interpretação dos resultados requer cuidado; um resultado positivo pode indicar uma infecção ativa ou a presença de material genético de patógenos que já foram eliminados pelo sistema imunológico. Assim, muitas vezes é necessário realizar um exame clínico completo e considerar o histórico do animal para uma avaliação adequada. Além disso, a qualidade da amostra e as condições de transporte são fatores cruciais que podem influenciar a precisão do teste.
Considerações Finais
O exame de PCR é uma ferramenta moderna e eficaz no diagnóstico de doenças em cães, contribuindo significativamente para a saúde e bem-estar dos animais. Sua capacidade de detectar patógenos em estágio inicial e sua aplicabilidade em diversas situações clínicas fazem dela uma escolha preferencial para veterinários diante da suspeita de infecções. Com a contínua evolução das tecnologias de diagnóstico, espera-se que a PCR se torne cada vez mais acessível, beneficiando não apenas os cães, mas toda a comunidade veterinária e seus tutores.
O que é o exame de PCR em cães?
O exame de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) é uma técnica molecular utilizada para detectar a presença de material genético de patógenos em cães. Ele é extremamente sensível e pode identificar até mesmo pequenas quantidades de DNA ou RNA de vírus, bactérias e outros microrganismos. Este exame é útil em diversas situações clínicas e tem se tornado uma ferramenta importante na medicina veterinária.
Diagnóstico de doenças infecciosas
Um dos principais usos do exame de PCR em cães é no diagnóstico de doenças infecciosas. Doenças como parvovirose, leptospirose e infecções respiratórias podem ser detectadas de forma rápida e precisa. A identificação precoce desses patógenos permite que os veterinários iniciem o tratamento adequado, aumentando as chances de recuperação do animal.
Monitoramento de tratamento

Além de diagnosticar doenças, o exame de PCR também é útil para o monitoramento de tratamento. Após o início de um tratamento, os veterinários podem repetir o exame para verificar se a carga viral ou a presença do patógeno diminuiu. Essa informação é crucial para avaliar a eficácia do tratamento e fazer ajustes, se necessário.
Identificação de portadores assintomáticos
Alguns cães podem ser portadores de doenças e não apresentarem sintomas visíveis. O exame de PCR é capaz de detectar esses portadores assintomáticos, que podem representar um risco para outros cães na mesma casa ou local de convivência. Identificar esses casos é fundamental para prevenir surtos de doenças infecciosas em grupos caninos.
A importância da amostragem correta
A amostragem correta é um aspecto crítico para o sucesso do exame de PCR. O tipo de amostra coletada — que pode ser sangue, secreções, fezes ou outros fluidos — deve ser escolhido com base na suspeita clínica. Um processo de coleta inadequado pode levar a resultados falsos negativos ou positivos, comprometendo o diagnóstico e o tratamento do animal.
Limitações do exame de PCR
Apesar de suas vantagens, o exame de PCR também apresenta limitações. Embora seja altamente sensível, ele não fornece informações sobre a carga viral ou a viabilidade dos patógenos detectados. Além disso, um resultado positivo não necessariamente indica a presença de uma doença ativa, podendo apenas indicar uma infecção anterior.

Considerações finais e recomendações
O exame de PCR é uma ferramenta poderosa na medicina veterinária, mas deve ser utilizado como parte de uma avaliação clínica abrangente. Recomenda-se que os tutores consultem um veterinário para discutir a necessidade deste exame, além de considerar outros testes e diagnósticos que possam oferecer uma visão mais completa da saúde do seu cão. O diagnóstico precoce e adequado é fundamental para garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos animais.